Avançar para o conteúdo principal

Porque é que as notas de dificuldade das nossas ginastas não sobem?

Caros amigos:

Começo, necessariamente, por desejar-vos um feliz ano 2019, cheio de sucessos desportivos e concretizações pessoais.

Hoje, quero apenas deixar-vos uma pergunta que assenta na intenção de nos por a todos a pensar, se possível para além do óbvio e do que é mais confortável para nós.

A pergunta é a seguinte:

Porque razão a grande maioria das ginastas femininas portuguesas tendem a estagnar a sua evolução em termos de nota de dificuldade por volta dos 15/16 anos (algumas antes disso)?

Bem sei que existem exceções e felizmente que assim é, mas penso não estar a analisar mal se concluir que a maior parte das nossas ginastas (incluindo algumas que são ou foram referências nos escalões mais baixos) não consegue projetar as suas notas de dificuldade acima dos 10,50 ou 11,00 pontos.
Esta pergunta não pretende apontar dedos a ninguém e não põe em causa o respeito que tenho por todas as ginastas nacionais, mas penso que esta é uma reflexão importante de se fazer.

Eu tenho a minha opinião/ teoria que vou apresentar brevemente neste espaço, mas antes disso gostaria de contar com o vosso contributo para esta reflexão.

Agradeço desde já a vossa participação;
Aquele abraço

Helder Silva

Comentários

  1. Boa noite!
    Sem dúvida um bom tema!
    Vou dar uma resposta curta em modo de "pergunta".
    .Temos meninas corajosas?
    .Somos corajosos?
    .Temos condições de treino?
    .Temos tempo de treino?
    .Somos flexíveis às técnicas adaptando ao ginasta?
    Temos noção da realidade internacional?
    .Estará a linha Portuguesa competitiva criada ao longo destes anos bloqueada e aberta apenas a "diamantes" que camuflam a realidade?

    Muito obrigado pela oportunidade

    Pedro Fernandes

    ResponderEliminar
  2. Viva Pedro.
    agradeço desde já a tua participação.
    De facto as questões que tu colocas fazem sentido embora as respostas possam variar consoante a perspectiva de cada um.
    Para já vou dar-te a minha resposta apenas às duas últimas questões.
    - Não, nem sempre temos a noção da realidade internacional. Talvez quem participa com mais frequência em provas internacionais de topo (CM, CE e CMGI) esteja mais alerta para o crescimento que se tem verificado a nível internacional, mas mesmo aí poderemos não estar a ver com os olhos bem abertos. Contudo, hoje em dia há uma ferramenta chamada internet que pode e deve ser explorada, tanto quanto possível, não só para se ver o que acontece lá fora, mas também para podermos trabalhar cá dentro com um espirito de partilha e de entreajuda que na minha opinião precisa de ser reanimado.

    - Estará a linha portuguesa boqueada e apenas aberta a alguns diamantes? Eu iria até mais longe. Há uma linha portuguesa? Ou temos tido a felicidade e a habilidade de saber aproveitar esses diamantes?
    Penso que se retirarmos da equação esses diamantes, fica difícil identificar um modelo de trabalho que idetifique Portugal.

    Eu acho que temos miúdas corajosas, que somos corajosos em muitos momentos e não atribuo o ónus das dificuldades apenas à falta de tempo de treino e de condições de treino (mas reconheço que existem e que são uma limitação significativa). Quero acreditar que nos cabe a nós treinadores alterar este paradigma.

    Vejamos os que pensam os nossos colegas da comunidade gímnica....

    ResponderEliminar
  3. Boa noite!
    Antes de mais Helder, obrigada por falares deste tema, que é bastante pertinente para o panorama nacional. Na minha opinião, penso que é necessário que as ginastas femininas realizem um trabalho específico de força para obterem mais altura e também realizar o salto em segurança. Por outro lado, é necessário trabalhar a nível cardiovascular para a concretização da série. Poderão existir outros motivos emocionais como o medo da realização do salto...no entanto em termos físicos estes dois factores (força e resistência) são preponderantes.

    Pedro referiste as condições de treino...sim concordo que também é um fator muito importante, no entanto, isso também teria influência na evolução de dificuldade no ginasta masculino.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Boas!
    Este tema merece uma dissertação universitária e será difícil resumir em meia dúzia de linhas.
    Pegando nas perguntas do Pedro, retiro duas que me parecem mais relevantes no caso feminino:
    .Temos tempo de treino?
    - Efectivamente as miúdas precisam de mais tempo para fazer as mesmas coisas que os rapazes que apresentem as mesmas características. Isto para não falar nas condicionantes fisiológicas! Se o nosso tempo de treino já por si só é curto para todos os ginastas, se colocarmos estas condicionantes na equação então, será manifestamente escasso!
    .Estará a linha Portuguesa competitiva criada ao longo destes anos bloqueada e aberta apenas a "diamantes" que camuflam a realidade?
    - Estou com o Hélder: há alguma linha?
    - Há algum trabalho de base feito com, neste caso, as meninas que apresentam qualidades para poderem daqui a 5/6 anos estarem nas selecções nacionais. E quando digo de base, não falo só em técnico que esse acredito que nos clubes, com mais ou menos dificuldades se vai conseguindo fazer, mas sim em termos de seguimento, de entrusamento, de acompanhamento motivacional, de apoio estrutural e de envolvimento dos pais (não tenham dúvidas, que esta será a ferramenta chave para segurar os miúdos num futuro muito curto)

    Se esquecermos uma geração excepcional de ginastas rapazes que temos, e que parece não ter continuidade em termos de número (porque os que aparecem são os tais diamantes), o problema passa a ser transversal a ambos os géneros.

    Penso que já debatemos isto aqui ou noutros fóruns! Grande parte do problema do drop-off dos nossos ginastas e mesmo da sua estagnação, está no facto de não haver um investimento (e refiro mais uma vez que não estou a falar de €€€) na dinamização das equipas nacionais alargadas, onde se valorizaria o trabalho de ginastas, treinadores, clubes e PAIS. Isto não chega marcar provas de apuramento para CMGI e CE e pronto, depois fazer estágios com quem ficou apurado, ou com uma elite extremamente reduzida!

    E quando estes desitem, deixam de haver referências, e quando as referências saem os que estão na linha a baixo, tendem a sair e por fim quando sai a linha intermédia a competição e a modalidade fica desprovida de qualquer valor e por consequência saem as bases também...

    Não estou a querer ser profeta da desgraça, antes pelo contrário... os trampolins estão a crescer em muitos países, quer a nível qualitativo quer quantitativo... mas nós estamos a fazer o percurso inverso.

    Desculpem mas não consigo ter tempo para continuar.... a ver se mais tarde volto :D
    Beijinhos e abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Fernando.
      Obrigado pela participação.
      Tocas em temas sobre os quais nós e varios outros treinadores temos revelado uma crescente preocupação. Fico a aguardar a continuação da tua análise...
      Abraço
      Helder Silva

      Eliminar
  5. Olá viva a todos.
    Sem dúvida mais um tema interessante que nos deixam neste "blog" e que certamente servirá para estimular um caminho que, no meu entender, está a ser percorrido ao contrário, com refere o Fernando Gaspar. Já temos algumas opiniões e perguntas interessantes, eu pretendo deixar o meu testemunho como representante dos Treinadores na Assembleia Geral da FGP.

    Se tiveram oportunidade de ler as atas da AG da FGP, percebem, que ao longo destes últimos anos, nas minhas intervenções, só tenho sublinhado 2 aspetos: Desinvestimento na formação e Destruição de valor desportivo na nossa especialidade. Naturalmente, esta postura “resmungona” na AG tem condicionado o meu presente imediato, porque ninguém gosta de ser criticado. No entanto, poderá abrir uma porta “radiante” no futuro da nossa modalidade. Como se costuma dizer “Água mole em pedra dura, bate até que fura”... ...um dia faremos este balanço!

    Muitos serão os fatores influenciadores desta inversão nos trampolins. Para mim é transversal a rapazes e raparigas. Poderemos salientar fatores fisiológicos, psicológicos, técnicos, temporários, materiais, enfim!

    Uma coisa é certa, tem de haver uma linha de comando que organiza esta estrutura, colocando todos em trabalho de cooperação num sentido único. Conseguir potencializar e partilhar, na prática, os conhecimentos de uma população heterogénea, mas com abundante conhecimento. Só assim vamos ter sucesso como especialidade gímnica.

    Dificilmente vamos conseguir isso enquanto se misturam interesses, direitos, benefícios e conveniências pessoais. Assim como decisões avulsas que todos os anos nos surpreendem pelo seu nível de genialidade e que nada trazem em benefício da nossa modalidade.

    abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado Carlos! Não imaginas quantas vezes eu me pergunto se é só o meu mau humor, se será falta de visão da coisa, ou se o meu planeta será diferente...
      Abraço

      Eliminar
    2. Grandes Treinadores os Treinadores de Trampolins. Desejo um Bom Ano 2019.
      Obrigado Helder por manteres este blogue e respectivos temas. Sem discussão nada evolui.
      Ainda que tenha pensado sobre a questão, e após leitura das respostas até ao momento; tenho a dizer que concordo com muitas das visões mas acima de tudo o companheiro Carlos Nobre refere em dois parágrafos aquilo que penso à muito:
      Passo a citar: "...Uma coisa é certa, tem de haver uma linha de comando que organiza esta estrutura, colocando todos em trabalho de cooperação num sentido único. Conseguir potencializar e partilhar, na prática, os conhecimentos de uma população heterogénea, mas com abundante conhecimento. Só assim vamos ter sucesso como especialidade gímnica.
      Dificilmente vamos conseguir isso enquanto se misturam interesses, direitos, benefícios e conveniências pessoais. Assim como decisões avulsas que todos os anos nos surpreendem pelo seu nível de genialidade e que nada trazem em benefício da nossa modalidade..."
      Se esmiuçar-mos bem o conteúdo das palavras do Carlos temos uma porta aberta para um novo paradigma de desenvolvimento dos Trampolins!
      Cumprimentos.
      João Grulha
      "...um operário da Ginástica..."

      Eliminar
    3. Obrigado Grulha pela tua participação. Bem sei que partilhamos algumas (várias) opiniões acerca da formação e do trabalho que pensamos que deveria ser feito numa base nacional mais abrangente.
      No fundo, acho que troda a gente concorda mais ou menos, no geral, com o que é preciso fazer a nível logístico, mas por um ou outro motivo, ainda não se deu esse passo.

      Obrigado, mais uma vez.

      Aquele abraço

      Eliminar
  6. Olá de novo amigos:
    Carlos, como sabes, por conversas que já tive contigo e com muitos outros treinadores, eu também sou da opinião que tem que haver qualquer coisa do tipo dessa linha de comando de que tu falas. Não sei se com esse nome ou com outro nome qualquer.
    O Grulha há muito tempo que usa uma expressão que me agrada e que remete para a criação de uma "Sebenta do Treinador" que pode bem ser um ponto de partida para a criação de uma Escola Portuguesa de Formação de Trampolins que possa ajudar de forma mais efetiva no trabalho do dia a dia dos treinadores e clubes. Claro que este trabalho tem que ser centralizado, eventualmente numa comissão de treinadores que estejam preparados para assumir essa responsabilidade, mas acredito que o ganho que daí possa advir faz valer a pena o esforço.
    Também já apresentei como ideia, a realização de seminários técnicos, dados por treinadores de trampolins, em vários pontos do país, de curta duração (ex- uma tarde), subordinados a um tema muito específico. Claro que podemos sempre argumentar que os treinadores não vão aderir ou não têm disponibilidade, mas se forem reconhecidos e se permitirem adquirir créditos para as cédulas de treinador, de certeza que a malta adere e até agradece. Além disso, penso que os custos associados seriam bastante aceitáveis.

    Tudo isto são ideias e decidirá quem tem essa função, se são ideias exequíveis ou não.
    Contudo, quando lancei este tema, esperava que aprofundássemos mais a questão técnica da pergunta: "Porque é que as notas de dificuldade das nossas ginastas não sobem?"
    É uma pergunta e uma provocação, ao mesmo tempo que é uma chamada de atenção para todos nós treinadores no terreno. O que é que estamos a fazer menos bem que possa estar a condicionar essa evolução?
    Sem dúvida que todas as observações e opiniões que já foram aqui postadas são muito significativas, fazem todo o sentido e têm uma influência determinante em todo o processo, mas será que é só isso?
    Quando queremos dar o salto em termos de dificuldade, o que é que nos trava? O que é que faz com que uma miúda passe um ano inteiro ou dois ou mais, para passar de um HoB para um RoB, quando aparentemente é só acrescentar uma pirueta (sublinho o aparentemente)? Claro que este é só um exemplo.
    Será que ao nível da formação inicial estamos a ter os cuidados todos que devemos ter, ou a necessidade de corrermos atrás do tempo perdido tem-nos distraído e desviado de uma visão a longo prazo? Será que estamos a ensinar estas miudas a saltar ou estamos só a tentar que aprendam a fazer saltos?

    Desculpem, uma vez mais, a provocação, que não pretende apontar o dedo a ninguém, mas antes "obrigar-nos" a todos a revermos o nosso trabalho nem que seja para chegarmos à conclusão de que estamos a fazer as coisas corretamente.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. « Sebenta do treinador» - estou disponível para colaborar com o material da minha experiência de vida!..
      Abraço, Helder.

      Eliminar
  7. Sem apontar o dedo a ninguém porque três estão logo apontados para nós, realmente a resolução passa por tudo e mais alguns apontamentos que foram já ditos pelos colegas. Queria enumerar alguns pontos que acho importante estarem a influenciar não só os ginastas femininos mas também os masculinos, a médio/longo prazo:

    1) Opções que Portugal (Governo/Autarquia/Federação/Clube...) toma na organização do Desporto e Formação Académica, que afeta todo o planeamento que se faz ou se pode fazer em cada grupo de ginastas. Essas diretrizes influenciam o ginasta e a família nas suas decisões, tempo de treino e prioridades. Cada opção que se toma vai de certa forma interferir com o trabalho a desenvolver com o ginasta, com vista à sua evolução. Penso que passa pela mudança ou influência dos nossos políticos/diretores/agentes junto das entidades e famílias para seguirem um "planeamento de futuro/carreira desportiva" que pode ser explicada desde cedo aos pais.

    2)Falta de exigência no treino, se nos compararmos aos países de topo a exigência é diferente, aqui em Portugal muito dos casos é o deixa andar porque há receio de perder ginastas para alimentar os vencimentos de cada um, pois a maioria vive nos clubes em função das receitas e não de apoios.
    Em outras realidades fora do país, o ensino do "saltar" é feito com degraus de aprendizagem mas acompanhando o nível internacional que vimos.

    3)É inegável, menos atualmente na minha opinião, que existe falta de condições de treino em muitos clubes. Esse fato pode passar pela falta de material, recursos humanos ou tempo de treino.

    4)Outras medidas que se fossem utilizadas como a definição de requisitos mínimos e dificuldade mínima a questão não se colocava dessa forma baseado num planeamento nacional com vista ao desenvolvimento.

    5)Olhar ao longo de muito tempo só para os ginastas de topo e não existir uma aposta contínua em jovens com 10,11,12......anos não é solução a longo prazo. Apenas quando verificamos que os ginastas vão desaparecendo, por falta de aposta; por mudanças e escolhas que fazem perder a exigência do trabalho e do caminho de evolução; de responsabilidade e gosto pelo percurso de alto nível, há a necessidade de começar a pensar o porquê de não haver qualidade e quantidade. Penso que terá que haver um trabalho constante de equipas jovens a trabalhar juntas nos clubes, participando em eventos entre clubes, ou mesmo no ceio da Equipa Nacional.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Helder Andrade e obrigado desde já pela tua participação.
      De facto tocas num ponto que é determinante e com o qual eu estou 200% de acordo. Enquanto não houver uma verdadeira e efetiva articulação entre governo, IPDJ, Federações, clubes e escola, não há planeamento com vista ao alto rendimento que sobreviva. No fundo, andamos a tentar fazer milagres onde outros fazem trabalho pensado, organizado e efetivado.
      Quanto à falta de exigência em treino, apenas posso falar do clube onde trabalho, uma vez que não conheço o dia a dia dos outros clubes, por isso, não sei se é uma das causas ou não.
      Também acho que é importante olhar para os ginastas numa fase mais precoce da formação, com mais atenção e com mais intenção de os acompanhar e trabalhar com eles desde mais cedo, já que, como temos infelizmente verificado, a sucessão não está a ser feita da forma que todos gostaríamos que fosse. Corremos o risco muito real de fazermos uma verdadeira travessia do deserto, especialmente no sector feminino. Importa, para mim, definir um grupo de trabalho alargado, a começar nos 11/12, sujeito a acompanhamento mais próximo e com momentos de avaliação/ análise da evolução que estão a registar, segundo padrões previamente definidos.

      Discordo de ti apenas relativamente à hipótese de criarmos nota mínima de dificuldade, nomeadamente no trampolim. Acho que isso serviria mais para seriar e catalogar, do que propriamente para potenciar e desenvolver. Estabelecer notas mínimas de dificuldade é sempre perigoso e pode sempre levar a crescimentos apressados e mal preparados, contribuindo muitas vezes para limitar a capacidade de os ginastas contnuarem a crescer mais à frente.

      Todos conseguimos encontrar várias razões que limitam a evolução dos nossos ginastas, mas ainda não encontrei , nesta discussão, uma que seja realmente conclusiva. Os rapazes portugueses têm o mesmo tempo de treino que as raparigas, nos mesmos clubes, com as mesmas condições de treino, com os mesmos treinadores e estão a conseguir, com mais ou menos dificuldade, manter-se num padrão de dificuldade ao nível daquilo que se vê nos países de referência nos CMGI (nomeadamente a partir dos 15/16 anos), enquanto que com as raparigas está a acontecer o contrário, salvo uma ou outra exceção.
      Portanto, a pergunta readquire sentido. O que é que estamos a fazer mal? Ou dito de outra forma, o que é que não estamos a fazer pela evolução destas miúdas?
      Dirijo esta pergunta a todos nós treinadores (a mim também), porque acredito que a inversão deste ciclo depende mais de nós do que de qualquer outro factor.

      Acima de tudo, agradeço a tua opinião e participação e a de todos os que aceitam o desafio de pensarmos em conjunto, sem complexos e sem medos de sujeitarmos a nossa opinião à crítica dos nossos colegas e parceiros.
      Aquele abraço

      Helder Silva

      Eliminar
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
  8. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  9. Olá a todos os meus colegas e Hélder uma vez mais parabéns pela discussão.
    Tenho lido atentamente todos os comentários, que tirando um ou outro que possam seguir de linhas de pensamento diferentes, será difícil não concordar com as opiniões apresentadas.

    Achei curioso, certamente foi propositado, que o Hélder tenha colocado a discussão no sentido do sector feminino, pois bem, temos de assumir algumas coisas, a primeira é que tanto morfologicamente como socioculturalmente as raparigas e rapazes são diferentes, logo respondem de forma diferente aos mesmos estímulos.

    Quero deixar 3 frentes que na minha opinião influenciam para a estagnação que o Hélder fala;

    1ª Estigmatização dos treinadores e das suas técnicas.

    Não possuindo uma linha orientadora, qualquer que ela seja, o treinador encontra-se em avaliação se o seu método é “válido” ou não, “o que ele está a fazer ao ginasta!”, “aquele salto não devia estar a ser posto!”, “é seguro não é seguro?”, “aquela técnica produz aquele erro!”, “aquilo fará com que aquele ginasta se vá perder”, “porque está ele a pôr tanta dificuldade?” tudo isto está no pensamento de qualquer treinador inteligente e consciencioso que quer o melhor para o seu ginasta, resultado? Joga-se pelo seguro, ou então tem-se a sorte de se encontrar perolas que fazem à primeira e bem feito.

    Isto leva a que nós treinemos um pouco pelo medo, não diretamente, mas os ginastas percebem, quando colocamos como fator condicional de bom ou mau trabalho, seguro ou perigoso, o facto de cumprir ou não determinadas “passagens” que nós assumimos que são certas.

    Penso que a abertura e a compreensão séria do movimento, poderá em determinados casos possibilitar-nos adquirir outras ferramentas, para a construção de mais dificuldade. Mais encontros, estágios com as camadas mais novas, possibilita a que de forma aberta um treinador possa contribuir para um colega.

    ResponderEliminar
  10. 2ª Maturação física vs Psicológica.

    Os livros descrevem que o sexo feminino atinge numa determinada idade, maturação física mais cedo que os rapazes, então, porque isso não é diretamente proporcional à dificuldade?

    No meu ver, assim como fisicamente a maturação psicológica também ocorre mais rápido, consciências e medos surgem de forma mais fácil (na maior parte dos casos) nas raparigas, eu chamo-lhe o efeito “princesa”, preocupação com o futuro, dispersão noutras atividades e interesses.

    Depois vem a escola, o que é prioridade? Em Portugal nas raparigas é quase 100 % a relação entre ginastas de topo femininas, e as que se mantiveram e evoluíram porque tinham um conjunto de soft skills, além da inteligência claro, que lhes possibilitou a muito custo, não comprometer o seu futuro por praticarem a modalidade.

    Sabemos que existem e existiram muitas ginastas sem esta capacidade intrínseca estagnaram, que até uma determinada fase se pensou que dariam muito, com a alteração de algumas políticas talvez essas ginastas conseguissem ser suportadas.
    (este problema não pode ser facilmente resolvido por nós pois depende de governos etc)


    3º Estratégia de evolução técnica.

    Tecnicamente, julgo que é entendido que temos menos tempo de treino que demais países, logo à partida teremos de levar mais tempo a atingir um determinado nível, contudo o paradigma aqui não terá de mudar? Falo de execução vs dificuldade, que tempo despender com um e com outro.

    Assume-se que se quer um nível de execução bastante bom mas a dificuldade vai surgindo mais tarde? O que poderá levar a que quando a mesma se tenta colocar em idades mais avançadas leva a mais probabilidades de medos, alem de existirem outros fatores de desfoque, possibilitando a desistência? Ou garante-se uma execução, condição física, necessária à realização segura dos elementos, podendo avançar com a dificuldade, indo, com tempo, corrigindo e limando a execução?

    Eu penso que a segunda opção é o caminho, não podemos fazer da mesma forma que os outros fazem pois não temos as condições que os outros possuem.
    (provocação: Ninguém escreve bem às primeiras.)

    A ginasta aprender a falhar, a ser difícil, a ir para uma prova com séries que a probabilidade de erro é elevada, não fará sentido numa idade mais tenra? Numa determinada idade fazer determinadas coisas que à partida sabemos que nos vão prejudicar na nota, por vezes não será com visão para o futuro?

    Logo isto teria de levar a uma discussão profunda como o nosso sistema competitivo funciona, notas mínimas, com mínimo de dif ou não, etc. Esta parte amigos, sem pruridos, não pode ficar à decisão do poder administrativo. (eu sei, sou jovem e ainda idealista)

    Complementando isso a existência de seleções nacionais, nas camadas mais jovens a partir dos 11 anos torna-se fundamental, para estimular tanto ginastas como treinadores.

    Esta é a minha visão das coisas, agora, obviamente continuando a ler este blog e a surgirem mais exposições adaptarei e poderei evoluir analisando e bebendo do conhecimento dos meus colegas, bem mais experientes, por isso, obrigado Hélder pelo trabalho.

    Rui Branco

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado Rui pela tua participação nesta saudável discussão.
      Concordo com vários pontos da tua reflexão e concordo menos com outros. Atualmente, vejo o acrescentar de dificuldade nos ginastas mais jovens como uma consequência natural da sua evolução e consolidação técnica. Acho que o aumento de dificuldade faz sentido quando faz aumentar a nota final (salvo uma ou outra competição em que o objetivo é claramente "testar" algum elemento ou ligação novos). Se não faz aumentar a nota final, não beneficia em nada o ginasta em competição. O ginasta pode e deve fazer mais dificuldade em treino (de forma consciente e controlada), mas usá-la em competição apenas quando esta se assume como uma mais valia ((caso contrário, mais valia estar quieto) só para fazer um trocadilho).
      Na minha opinião, há mais um fator que leva a que as notas de dificuldade das meninas estejam algo estagnadas. É que não tem sido preciso muito mais do que elas estão a fazer (estou a falar do consumo interno).

      Aquele abraço
      Helder Silva

      Eliminar
  11. Caros,
    Venho só dar mais uma ferrada... pois infelizmente não tenho capacidade para dar mais tempo aos trampolins e não consigo andar sempre em cima de todos os emails.
    Constatei agora que as notas em trampolim para apuramento para CMGI em 11/12 M e F e 13/14 F desceram. No primeiro caso 1,2 pontos (UM VIRGULA DOIS PONTOS) e no segundo 0,6 pontos (ZERO VIRGULA SEIS PONTOS). E assim pelos pingos da chuva se assume que houve um erro de planificação! Ou não se assume.
    Com estas notas, provavelmente teríamos tido os 3 grupos completos ou perto disso.

    E é aqui que isto vai de encontro ao tema do Helder! Deixemo-nos de demagogia e de teorias... toda ela tem um fundo de verdade e de aplicabilidade. Mas nós, treinadores de competição, vamos atrás daquilo que nos move... ir mais longe, e fazer mais. E se a FGP mete 100 pontos, vós vamos tentar lá chegar, não a qualquer custo, mas vamos.

    Agora expliquem, nomeadamente às meninas que são mais sensíveis e com mais macacos no sótão, que não foram a Sofia e/ou a S. Petersburgo, porque a federação insistiu num número absurdo para nossa realidade e que agora recua.

    Maior parte das miúdas perdem-se pelo fator psicológico. Seja pela motivação que deixam de ter, pela menor predisposição ao sofrimento do treino, seja pelo medo (como o Rui referiu e bem), pela maior preocupação estética do seu corpo, ou pela influência social ou pressão escolar. Se considerando isso, ainda insistimos em empurrar a barreira para fora de pé.... quebramos o que resta da motivação.

    Elas são capazes e nós temos as ferramentas para as fazer serem capazes, tanto que assim é que o conseguimos quando nos aparece uma menina com estrutura mental para tal... Não sabemos é de uma forma geral a nivel institucional alimentar o seu ego e o seu equilíbrio emocional. Até o podemos fazer no clube e na região, mas enquanto para um rapaz isso pode ser suficiente, nas raparigas não o é de todo, elas planeiam e preocupam-se muito mais além.

    Passos pequenos e consistentes apoiados numa base alargada trará sucesso. Querer descobrir uma segunda Ana Rente a chutar pedras na esperança de ela aparece, não creio que seja a solução. Enfim...

    Rumo a Tóquio e a qualquer outro lado, porque se não formos nós e os nossos ginastas a fazer pela modalidade, bem que podemos esperar que alguém o faça.

    Beijinhos e abraços
    Bons treinos


    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Boas Helder,

      Concordo plenamente com o teu ultimo ponto, que vai no seguimento do que eu dizia, talvez não me tenha expressado mal. O que eu quis dizer é que jogando pelo seguro, ou seja, não arriscar, não "testar" como tu dizes, ou fazer processos de apuramento que o melhor é mesmo não arriscar, num sentido geral faz com que não se arrisque nem se possa dizer, temos de fazer isto e isto para conseguirmos. Geralmente os miúdos não têm capacidade para pensar em Médio/longo prazo.

      Abraços

      Eliminar
  12. Boa noite a todos e antes de dar a minha opinião, deixem me agradecer a todos os que participaram neste grande tema, pois o que bebi aqui em meia horinha, foi excecional!

    Acho que aqui foram já apresentadas algumas culpas do porquê do sistema desportivo, não só a nível gimnico, mas de modo geral, não evoluir em Portugal, mas também foram dadas soluções.
    Soluções essas conhecidas por todos nós há muito e como vêm pouco tem mudado, nesse sentido acho que para haver uma mudança na nossa tão querida modalidade, terá que haver uma mudança geral no paradigma desportivo e educativo no nosso país, para então poder-mos evoluir enquanto modalidade e enquanto formadores/treinadores.

    Posto isto e uma vez que sou muito jovem e inicei a minha carreira como treinador recentemente, já me deparo com alguns dilemas, como por exemplo: eu quero pegar neste grupinho de miúdos e tomar os processos de evolução calmamente, passo a passo a pensar num futuro, ou por outro lado, aproveitando alguns elementos desse grupo que são melhores e apressar os processos porque queremos resultados e isso consequentemente alimenta o nosso ego.
    Eu por princípio, acredito que como diz o nosso velho ditado, "devagar, se vai ao longe", mas pegando na questão dos egos e aqui deixo outra provocação, será que parte da estagnação de algumas formações de ginástas jovens acontecem por egos demasiado elevados?

    Bem sei, que todos gostamos de resultados, mas o que são realmente resultados vencedores?
    Não será dar uma formação com pés e cabeça, ir de degrau em degrau, para que mais tarde em vez de um ginásta ou dois prodígios, termos uma equipa consolidada?

    Aqui já foram dados factos científicos, de facto a maturidade numa menina acontece dizem os livros mais depressa que nos rapazes, entao porque nao dar um acompanhamento um pouco mais pormenorizado no caso das meninas?
    Fundamentalmente estamos a falar de processos psicológicos que muitas vezes advêm de fenômenos sociais, eu sou apologista muito embora saiba pelo que comecei por dizer nesta minha intervenção que é difícil "agaradar" a todos, mas penso que ter um psicólogo nos clubes fazia uma diferença brutal na evolução das nossas práticas de ensinamento.

    Quanto a mim, nós nunca deixaremos de ter diamantes, a minha preocupação está em formar diamantes, se é que me fiz entender.

    Não me quero alongar mais, quero agradecer mais uma vez a todos pela enorme disponibilidade que tiveram em vir partilhar conhecimento, eu sou jovem, partilho a mesma paixão que todos vocês, e sem esta boa vontade eu não teria o mesmo prazer em pertencer a esta família, mas é por isso que ginástica de trampolins, será sempre única, acredito eu!

    Forte abraço,
    Renato Lourenço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Renato.
      Obrigado pela tua participação.
      Partindo das tuas palavras, há dois pontos em relação aos quais me vou pronunciar.
      1º - O Dilema entre "correr" ou andar devagar e de forma consolidada. Por príncipio, a minha escolha será sempre a segunda. Contudo, há um momento para tudo. Embora eu defenda que não se devem apressar processos e entenda que cada um tem o seu ritmo, devendo este ser respeitado; embora eu defenda que não se deve avançar para um "todo" enquanto as "partes" não estiverem devidamente adquiridas, os anos têm-me mostrado que por vezes é preciso mostrar aos ginastas que eles conseguem mais. Para alguns ginastas, muito tempo de consolidação sem desafios crescentes, por vezes é tempo demais. No entanto, isto é em treino. Em competição, continuo a achar que o que se faz é para ser bem feito sendo que o ginasta deve estar bem consciente e seguro do que está a fazer. Caso contrário, não é corajoso, mas sim tonto.
      Em relação às diferenças entre raparigas e rapazes (sejam elas emocionais, fisiológicas, morfológicas, psicológicas ou de outras quaisquer lógicas), acho que não é essa a razão do panorama que temos atualmente.
      Quebrando um pouco o tabu e tendo consciência de que provavelmente vou ser criticado por estas palavras, arrisco dizer que a responsabilidade é mais nossa (treinadores) do que de quem nos tutela. O sistema e a federação, infelizmente, têm pouca influência nas nossas opções ténicas relativas aos modelos que adotamos para a formação dos nossos ginastas. Somos nós que temos que inverter esta tendência de estagnação.

      Aquele abraço
      Helder Silva


      Eliminar
  13. Boa tarde, antes demais, quero dar lhe os parabéns!
    Que tenha um dia feliz e que continue a desenvolver o bonito trabalho que tem feito até aqui!

    Em relação ao tema base e pegando no último ponto que falou, de facto podemos estar a atravessar um momento de estagnação a nível de competências técnicas e não porque não haja mais ou menos conhecimento, mas talvez porque não se vá tanto à procura do mesmo.

    Concordo com o que já foi dito aqui, sou a favor de se criar encontros de treinadores com vista a partilhar conhecimentos, a elaborar como diz o nosso companheiro grulha, uma "sebenta" e que isso não fique apenas aqui, mas que passe para a prática.

    Um forte abraço e mais uma vez, resto de um dia feliz Hélder!

    ResponderEliminar
  14. Eduardo Mendes

    Caros colegas

    No meu entender acontece porque as vivências das acrobacias complexas aparecem muito tarde. Se uma jovem com as mesmas acrobacias consegue vencer internamente, uma vez que nível é baixo, durante todas as etapas de formação, existe uma acomodação para aquilo que verdadeiramente importa que são as acrobacias complexas. Se estás não forem trabalhadas cedo em situações facilitadas, quando existir necessidade das adquirir vão surgir constrangimento psicológicos e físicos que vão comprometer essas aquisiçoes. No meu entender um sistema de bonificação para acrobacias complexas ao nível dos escalões mãos baixos podia ser um estratégia a ser implementada.
    Abraços

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Eduardo.
      Antes de mais, obrigado pela tua participação.
      Entendo o teu ponto de vista e em certa medida concordo, embora só relativamente.
      Também acho que os ginastas devem passar por programas motores mais complexos em tenra idade, não só como forma de alargar o repertório motor, mas também porque é a altura em que tendencialmente existem menos medos. Para além disso, há que ter em conta a questão das ajudas/ manipulações, que em alguns casos já não se conseguem fazer com ginastas mais velhos e mais pesados, que também saltam mais alto (no caso dos trampolins).
      Contudo, pergunto se não será perigoso "bonificar" na nota final as acrobacias mais complexas. Não me refiro tanto ao risco de lesão, pois quero acreditar que, em consciência, ninguém lançará em competição um elemento que não reúna as condições mínimas de controlo e segurança, mas refiro-me sobretudo ao risco de entrarmos num jogo de vale tudo (do ponto de vista técnico), levando a que os ginastas e os próprios treinadores (todos nós) acabem por deixar comprometer a qualidade técnica dos elementos e a própria linha dos ginastas para ganhar 8em tenra idade) mais um pontinho ou dois, perdendo assim parte da visão de longo prazo que é essencial nas nossas modalidades. Sabemos bem que a nível sénior e nomeadamente ao nível das competições internacionais mais relevantes (CE, CM, TM, CMGI e JO) não chega saber fazer muitos saltos (porque aí, todos sabem). É preciso saber saltar com muita qualidade técnica e com um muito elevado grau de eficácia.
      Acho que a base de construção dos elementos técnicos mais complexos ( os educativos) deve ser trabalhada cedo, mas tenho dúvidas relativamente à necessidade de introduzir muita dificuldade muito cedo. Ainda acho que o aumento da dificuldade deve ser uma consequência natural da evolução técnica.

      Aquele abraço
      Helder Silva

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Duplo Atrás Engrupado - (8 - - o) - Double Back Tuck

 Caros companheiros: Hoje, partilho convosco uma abordagem diferente ao ensino do duplo mortal atrás engrupado. Gosto especialmente deste método, porque:     1- Permite-me ter controlo sobre todas as fases do salto;     2 -  Permite-me ter sempre as mãos em contacto com o ginasta, aumentando assim a segurança deste;     3 - Aumenta a sensação de segurança/ confiança do ginasta, sobretudo em fases iniciais de aprendizagem;     4 - Não permite que o ginasta inicie a rotação pelas costas, como acontece muitas vezes, quando o saco é trabalhado a partir da posição de pé. Experimentem e sintam-se à  vontade para comentar... Aquele Abraço "Dear Friends: Today, I share with you a different approach to teaching the double back tuck. I really like this method, because:      1- It allows me to have control over all phases of the skill;      2 - Allows me to always have my hands in contact with the gymnast, th...

Olhando para o Duplo-mini-trampolim

Caros amigos: O assunto sobre o qual me vou debruçar desta vez, tem a ver especificamente com o duplo-mini-trampolim. O que fazer quando os nossos ginastas atingem um ponto de estagnação. Ou seja, que soluções temos quando os nossos ginastas apresentam limitações relativamente ao aumento das notas de dificuldade? Pegando especificamente no caso dos ginastas que já fazem dois múltiplos por série, mas não estão a conseguir avançar para além dos 8 -1o ou < e dos 8 --o ou <, o que é que se pode fazer para que estes jovens subam as suas notas de dificuldade. Não vos vou apresentar uma solução, mas deixo uma ou outra sugestão, para romper um pouco com os hábitos que fomos desenvolvendo. Após os duplos atrás, a sequência lógica, na minha opinião, passaria pelos HiHo's, mas para isso é preciso (na minha opinião) dominar a 1/2 piquet, que como sabemos é um salto que não se apresenta simples para grande parte dos ginastas. Existem outras possibilidades com o mesmo valor de difi...

KABOOOOMMM.....

 Bom dia companheiros: Após um interregno de alguns meses, volto à conversa convosco, com um tema que me parece interessante e que acho que pode ser útil para todos nós como ferramenta de treino. Refiro-me, como já devem ter percebido pelo título deste post, à utilização dos " Kaboom " como ferramenta de aprendizagem para os nossos jovens, quer para a construção de educativos, quer para a construção de progressões técnicas quer para a aquisição de elementos técnicos completos. Tanto quanto tenho vindo a apurar, este recurso tem sido utilizado de uma forma muito pouco disseminada em Portugal, mas penso que podemos olhar para esta ferramenta com outros olhos e reconhecer facilmente as suas virtudes e a sua utilidade. É extremamente útil para corrigir alguns erros (posição da cabeça, timming dos braços...), permite uma manipulação mais fácil e mais segura por parte do treinador e transmite uma importante sensação de segurança aos ginastas de tenra idade que faz com que abordem e...