Avançar para o conteúdo principal

Planificação e Periodização do Treino - Por Sérgio Lucas

Caros amigos(as):
Desta vez não sou eu que me dirijo a vocês, mas sim o nosso colega e amigo Sérgio Lucas, treinador português com provas dadas e atual selecionador nacional da Suíça.

O Convite foi feito e o Sérgio acedeu a partilhar connosco algumas ideias, neste caso, relacionadas com a planificação e periodização anual do treino.

Aguardam-se os vossos comentários e opiniões;
Aquele abraço
Helder Silva



Planificação  anual  e  periodização  do  treino.


Quando  o  Helder  Silva  me  convidou  parta  escrever  sobre  um  assunto  relacionado  com os  trampolins,  levei  ainda  algum  tempo  até  encontrar  um  tema  que  me  despertasse  a  atenção e  ao  mesmo  tempo,  que  levasse  a  pensar  os  treinadores  que  por  vezes  não  sabem  muito  bem como  gerir  épocas  de  11  meses  consecutivos,  com  competições  durante  semanas  e  semanas.
Primeiro  que  nada  uma  exigência  prende-se  com  o  conhecimento  de  todas  as
competições  (nacionais  e  internacionais);  estágios  ao  nível  de  clube  e  equipa  nacional,
calendário  escolar,  e  atividades  de  carácter  pessoal,  como  por  exemplo  atividades  religiosas
etc...
Com  base  nos  diversos  calendários,  podemos  começar  a  planificar  a  época,  primeiro
que  nada  em  colocar  tudo  sob  forma  de  plano,  com  a  definição  clara  de  quais  as  provas
importantes  emque  o  ginasta  deve  participar,  obrigatoriamente,  depois  aquelas  em  que  não  é obrigatório,  que  não  contam  para  os  diversos  apuramentos.  A  juntar  a  tudo  isso,  temos  de  ver quais  as  provas  internacionais  que  o  ginasta  poderá  se  chamado/  selecionado  a  participar.
Depois  desta  primeira  fase  muito  importante,  a  estrutura  do  calendário  está  organizada  e
podemos  enfim  calendarizar  as  férias  do  ginasta,  processo  bastante  importante  para  a
recuperação  física,  emocional  e  social,  que  são  fundamentais  no  equilíbrio  do  mesmo.  Outro
aspecto  a  não  negligenciar  prende-se  com  os  exames  escolares,  pois  as  adaptações  e  reajustes em  termos  de  treinos  e  sua  planificação  são  indispensáveis  para  uma  boa  planificação.
A  etapa  seguinte  é  bastante  importante  para  o  desenvolvimento  físico,  técnico  e
psicológico  do  ginasta,  colocar  as  diferentes  fases  do  processo  de  treino,  tendo  em  conta  o
momento  da  época  em  que  nos  encontramos.  Começamos  pelo  período  de  preparação  geral, etapa  crucial  na  preparação  física  para  o  desenrolar  da  época.  Nesta  fase  devemos  privilegiar mais  ou  menos  85%  de  trabalho  de  condição  física  e  somente  15%  de  trabalho  de  trampolim.
Para  tal  não  podemos  ter  competições  dentro  das  8  semanas  seguintes.  Este  trabalho  vai
diminuindo  progressivamente  a  %  de  trabalho  físico  e  aumentando  a  %  de trabalho  técnico.
Assim  ao  fim  de  5  semanas  poderemos  estar  numa  condição  física  bastante  boa,  para  suportar o  volume  e  intensidade  de  treino  sobre  o  trampolim.
Consoante  as  competições,  podemos  e  devemos  numa  fase  seguinte  planificar  para  o
período  de  preparação  especifica,  realização  de  novos  elementos,  novas  ligações,  e  realização
de  correções  técnicas,  com  progressões  ou  educativos  bastante  importantes  na  construção  e solidificação  de  figuras  acrobáticas.  A  mais  ou  menos  3  a  4  semanas  das  competições,  teremos o  período  pré-competitivo,  onde  devemos  trabalhar  partes  de  séries,  mais  séries  completas, aumentando  o  volume  de  treino  técnico,  com  um  elevado  número  de  séries  por  treino,  onde a  consistência  passará  a  ser  uma  referência  para  o  treinador  e  ginasta. 
A  seguir  a  esta  fase  deparamo-nos  com  a  fase  competitiva,  onde  o  volume  de  treino diminui,  mas  a  intensidade  aumenta  significativamente,  os  ginastas  devem  pôr  em  prática, aquilo  que  vão  encontrar  em  competição.  Séries  completas  após  algumas  passagens  são importantes,  bem  como  testar  o  que  vai  ser  a  competição.  Mais  ou  menos  2  semanas  antes da  competição.  Fazer  uma  simulação  de  controlo  por  semanas,  com  registo  das  notas  de controlo,  são  índices  bastantes  ilustradores  e  importantes.  Saber  que  um  ginasta  possui  uma taxa  de  êxito  de  “x%”,  e  uma  média  de  nota  final  de  “x”  é  meio  caminho  para  prever,  mais  ou menos  aquilo  que  poderá  ser  a  competição.  Por  fim  a  fase  transitória,  aquela  que  se  situa  entre duas  competições  num  curto  espaço  de  tempo,  é  também  fulcral,  na  recuperação,  com  a continuidade  de  realização  de  partes  de  séries,  ligações  daquilo  que  precisa  de  ser  melhorado, e  executado  com  mais  eficácia  e  consistência.  A  esta  fase  liga-se  quase  de  imediato  uma  nova fase  pré-competitiva  ou  mesmo  competitiva  quando  o  espaço  entre  as  competições  é bastante  curto. 
Com  base  na  época,  sua  planificação  e  periodização  podemos  passar  à  etapa  seguinte a  da  planificação  diária  de  treinos  seguindo  o  que  previamente  elaborámos  no  plano  anual. O  que  aqui  apresento  deverá  evidentemente  ser  realizado  para  cada  ginasta  que queremos  seguir  mais  individualmente,  como  nos  exige  a  modalidade  de  trampolins. A  todos  vós  agradeço  antecipadamente  os  vossos  comentários  e  sugestões.
Até  breve.
Sérgio  Lucas.

Comentários

  1. Não é uma pergunta ou correção mas sim uma felicitação ao Sergio por participar neste forum, pois sendo um selecionador e treinador com experiência internacional a sua opinião e saber é bem vinda. Concordo com esta metodologia há muitos anos pois também a partilho e discuto com o Sergio aos mesmos anos. Parabéns e abraco.

    ResponderEliminar
  2. Também me parece ser uma ótima metodologia e forma de planear a época, infelizmente, nem sempre é fácil de fazer o planeamento tão linear por diversas razões tais como os atrasos na entrega dos calendários competitivos etc... Acho também importante referir que ainda que a % de trabalho físico, ainda que menor tem de ser suficientemente intensa para provocar estimulo e não estagnar o atleta, principalemente numa fase de formação. Acho que a parte física é descurada por muitos treinadores após o periodo de preparação geral, infelizmente, a condição física não se vai manter por muito tempo se esta não for estimulada para novos limites. Acredito que é um trabalho que deva ser feito de uma forma progressiva e continua ao longo da época e não apenas nas primeiras semanas. Mesmo no periodo de férias e transitórios este tipo de trabalho, ainda que em intensidades mais baixas, tem de existir.

    Abraço,
    Nuno Silvano

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Antes mais, Obrigado Sérgio!
      Viva Nuno, concordo inteiramente contigo e obrigado pela observação.
      Pelo menos a julgar pela minha experiência como treinador, a componente de trabalho de condição física tende a ser descurada à medida que nos aproximamos das competições - contra mim falo. Quando na realidade, o que deveria ser feito era uma adequação desse trabalho de condição física face ao aumento de foco no trampolim/aumento de series completas realizadas. O dilema com que me deparo é o do tempo disponível. Ou seja, quando tenho um tempo limitado para trabalhar com os ginastas (tempo de treino por dia), sou obrigado a fazer escolhas entre o menor dos males, e quase invariavelmente a escolha recai no trabalho específico no Trampolim.
      Em resumo, seria proveitoso assegurar que o trabalho de condição física, nomeadamente o trabalho de força é feito ao longo de toda a época.
      A minha única observação prende-se com o período de férias, onde acredito que um total "desligar" trará vantagens psicológicas superiores às desvantagens físicas.

      Eliminar
  3. Aproveitando o texto do Sérgio e a deixa do Nuno Silvano, deixo a todos duas pequenas questões:
    1 - Faz sentido que numa modalidade como a nossa se estabeleça uma "pré-época" com um volume muito significativo de trabalho físico e pouco trabalho de trampolim, uma vez que os momentos mais importantes da época surgem apenas a partir de Março (mais coisa, menos coisa, com exceção dos anos em que há apuramento para europeus)?? Será que em Março os efeitos desse trabalho físico de setembro ainda são os desejados? Ou será que é mais proveitoso estabelecer momentos de reforço físico significativo mais distribuídos pela época e em função das imposições do calendário??
    2 - Em período competitivo alargado, ou seja, nas fases em que passamos 4, 5 ou 6 semanas em puro período competitivo, com intervalos entre competições de uma a duas semanas, faz sentido que o trabalho se foque apenas na repetição e volume de séries? É necessário recorrer a um trabalho específico de recuperação física e até de fadiga mental? Não será importante nestas fases fazer um trabalho efetivo de reforço das técnicas de base??

    Ficam estas pequenas "provocações" para mais algumas reflexões.
    Bem hajam todos pela vossa participação.
    Aquele abraço
    Helder Silva

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Viva Helder! Boas "provocações".
      1 - Em linha com o referido pelo Nuno e que reforcei, não creio que fazer uma "pré-epóca" de elevado volume de trabalho físico sem o respectivo acompanhamento desse trabalho ao longo de todo o período competitivo seja a melhor estratégia.
      Da minha experiência, o ideal passa por ter um plano anual de Trabalho Físico fora do Trampolim que identifiquemos como razoável fazer sempre, e ter pelo menos dois momentos na época em que o foco retoma ao Trabalho Físico fora do Trampolim.
      Contudo depende muito do ginasta/grupo de ginastas com que se trabalha, depende se conseguimos ou não produzir no Trampolim tácticas de Trabalho Físico Específico que compensem a inexistência do trabalho Físico fora do Trampolim.
      Assim, e sendo a nossa disciplina Ginástica de Trampolins, creio que o caminho ideal passará sempre pela realização de elementos/conjuntos de elementos (sejam eles quais forem) no Trampolim, que promovam a condição física do ginasta.

      2 - Temos algumas variáveis a ter em conta:
      -Abordagem geral ou específica para cada ginasta? - Sempre que possível - e nem sempre é -, tento privilegiar um trabalho que favoreça o ginasta individualmente, ou seja, mais adequado às necessidades específicas que o treinador identifica no ginasta;

      -Repetição e Volume de Séries VS Técnicas de Base (melhoria de take off e landing com consequente melhoria de ligações) e Atenção à Recuperação Física e Mental? - Mais uma vez, acredito que a resposta passa pelo ginasta. É da leitura do treinador sobre as carências ou insuficiências que o ginasta apresenta que resultará se é melhor dar foco à realização de series completas, ou se pelo contrário o que o ginasta necessita é de dois dias de paragem para "libertar" a cabeça.

      - De uma forma mais genérica, acredito que na semana após a prova deverá haver espaço para as técnicas de base, em especial se detectada alguma debilidade especifica na realização das series - Isto retira pressão (mental e física) ao ginasta ao mesmo tempo que consolida e relembra os aspectos fundamentais que levam ao sucesso; Deverão ser tido em consideração os níveis anímicos do ginasta a todo o momento.

      Contudo, não nos devemos esquecer que são as series completas que definem a Ginástica de Trampolins, pelo que a sua realização com maior ou menor volume é profícua. Quando estive com Dave Ross no Canadá, ele preconizou a realização durante toda a época de duas F2 por treino, enquanto que no período competitivo deveriam ser 6.

      Para finalizar, referir que o meu comentário pretende ser apenas a partilha da minha reflexão sobre as questões em apreço.

      Eliminar
    2. Obrigado Tiago:
      Como disse inicialmente, seriam pequenas provocações que possam fazer olhar para os períodos competitivos sob outra perspectiva.
      Agradeço a tua participação e reitero o convite para que possas (tal como os outros treinadores) lançar novas ideias para a discussão. Ganharemos todos com isso.
      Bem hajas.
      Abraço

      Eliminar
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  5. Antes demais queria agradecer te Hélder pela iniciativa de criares um blog virado para a nossa modalidade, sendo eu um ginasta e tendo começado a dar os primeiros passos como técnico esta época, o que já aprendi contigo e com todos aqueles que aqui deixam o seu conhecimento, é fabuloso!

    Indo de encontro ao tema, tenho uma pergunta que espero não se desenquadrar da temática.
    A meu ver, da experiência que vou tendo de seguir de perto a nossa modalidade, um bom planeamento de treino faz toda a diferença no sucesso/insucesso de um atleta ao longo da época, posto isto, a minha pergunta é direccionada para o planeamento de trabalho nos aparelhos, o que está mais correto, num período de pré-época, de pré competição e final de período competitivo, o foco do trabalho técnico ser feito todo no trampolim ou de alguma forma intercalar trampolim com DMT?

    Espero ter não fugido do tema base, quero deixar os meus votos de continuação de um excelente trabalho.
    Forte abraço,
    Renato Lourenço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Renato. Antes de mais, deixa-me dar-te as boas vindas a este espaço e agradecer-te a participação.
      Quanto à questão que colocas, penso que difere consoante a metodologia de cada treinador e com os objectivos traçados para cada ginasta, por isso, vou dar-te apenas a minha opinião pessoal.
      Para mim, trabalho técnico é sempre no Trampolim. Uso o DMT apenas nas fases de preparação de provas de DMT, sendo que no resto da época (quando não há provas de DMT muito próximas) não faço trabalho de DMT.
      As técnicas de saltos (na minha opinião) não diferem de TRI para DMT. Aliás, o ideal seria saltar DMT como se salta trampolim, embora não seja assim tão simples fazer como dizer. O trabalho continuado em DMT tende a criar alguns erros nas técnicas dos saltos relacionadas sobretudo com os tempos de saída da lona, as velocidades e os próprios ângulos de entrada e saída da lona, que devem ser sempre corrigidos em trampolim (mesmo para quem se especializa em DMT).
      Claro que quem faz apenas DMT, terá que dedicar uma parte mais importante da época ao trabalho nesse aparelho, mas mesmo nesses casos há que ter alguns cuidados.
      Importa também lembrar que o DMT provoca um tipo de desgaste físico muito diferente do TRI, pelo que é preciso "acertar agulhas" com a parte da preparação física, principalmente em pré-época e em períodos transitórios após os períodos competitivos.
      Em suma, para mim, trabalho técnico no trampolim ao longo de toda a época e adaptação às especificidades do DMT (corrida, chamada e recepções, bem como ligações a trabalhar) apenas a partir nos períodos pré competitivos e competitivos.

      Espero ter ajudado e espero que outros treinadores partilhem as suas opiniões que podem ser diferentes da minha.
      Abraço
      Helder Silva

      Eliminar
    2. Sem duvida fiquei muito mais elucidado acerca deste tema em concreto e não só!

      Resta-me agradecer pela partilha e dizer que ficarei atento ao que mais se passará por aqui.

      Grande abraço
      Renato Lourenço

      Eliminar
  6. Hi Helder


    I think this is a really good thing to get people sharing and discussing opinions.

    It would be interesting to hear peoples views on creating a winning culture
    and what does that look like in your clubs?

    We can have the best plans, technical training and facilities but if we don't have the correct positive culture then the gymnast will struggle to reach their full potential.

    I have managed to change the culture of my training group but have struggled to change the culture and philosophy of my fellow coaches/club. I work along side coaches who used to coach me when I was a child and they are very much stuck to their ways. Trying to get the majority of the coaches to communicate and engage in a certain way and is becoming increasingly difficult.


    It would be great to hear how you all have created a certain cutlure within your club and the things that are most important to you.

    Regards
    Gary Halfteck

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Duplo Atrás Engrupado - (8 - - o) - Double Back Tuck

 Caros companheiros: Hoje, partilho convosco uma abordagem diferente ao ensino do duplo mortal atrás engrupado. Gosto especialmente deste método, porque:     1- Permite-me ter controlo sobre todas as fases do salto;     2 -  Permite-me ter sempre as mãos em contacto com o ginasta, aumentando assim a segurança deste;     3 - Aumenta a sensação de segurança/ confiança do ginasta, sobretudo em fases iniciais de aprendizagem;     4 - Não permite que o ginasta inicie a rotação pelas costas, como acontece muitas vezes, quando o saco é trabalhado a partir da posição de pé. Experimentem e sintam-se à  vontade para comentar... Aquele Abraço "Dear Friends: Today, I share with you a different approach to teaching the double back tuck. I really like this method, because:      1- It allows me to have control over all phases of the skill;      2 - Allows me to always have my hands in contact with the gymnast, th...

Olhando para o Duplo-mini-trampolim

Caros amigos: O assunto sobre o qual me vou debruçar desta vez, tem a ver especificamente com o duplo-mini-trampolim. O que fazer quando os nossos ginastas atingem um ponto de estagnação. Ou seja, que soluções temos quando os nossos ginastas apresentam limitações relativamente ao aumento das notas de dificuldade? Pegando especificamente no caso dos ginastas que já fazem dois múltiplos por série, mas não estão a conseguir avançar para além dos 8 -1o ou < e dos 8 --o ou <, o que é que se pode fazer para que estes jovens subam as suas notas de dificuldade. Não vos vou apresentar uma solução, mas deixo uma ou outra sugestão, para romper um pouco com os hábitos que fomos desenvolvendo. Após os duplos atrás, a sequência lógica, na minha opinião, passaria pelos HiHo's, mas para isso é preciso (na minha opinião) dominar a 1/2 piquet, que como sabemos é um salto que não se apresenta simples para grande parte dos ginastas. Existem outras possibilidades com o mesmo valor de difi...

KABOOOOMMM.....

 Bom dia companheiros: Após um interregno de alguns meses, volto à conversa convosco, com um tema que me parece interessante e que acho que pode ser útil para todos nós como ferramenta de treino. Refiro-me, como já devem ter percebido pelo título deste post, à utilização dos " Kaboom " como ferramenta de aprendizagem para os nossos jovens, quer para a construção de educativos, quer para a construção de progressões técnicas quer para a aquisição de elementos técnicos completos. Tanto quanto tenho vindo a apurar, este recurso tem sido utilizado de uma forma muito pouco disseminada em Portugal, mas penso que podemos olhar para esta ferramenta com outros olhos e reconhecer facilmente as suas virtudes e a sua utilidade. É extremamente útil para corrigir alguns erros (posição da cabeça, timming dos braços...), permite uma manipulação mais fácil e mais segura por parte do treinador e transmite uma importante sensação de segurança aos ginastas de tenra idade que faz com que abordem e...